'Mensagem poderosa': Estrangeiros contam experiências vividas na COP 30 em Belém
19/11/2025
(Foto: Reprodução) Diversidade cultural na COP30 é destaque no g1 Pará
Rumo aos dias finais da COP 30, muitos dos visitantes tentam conciliar a agenda de programações oficiais da COP com visitas por Belém. Isso porque para muitos deles este é o primeiro contato com a Amazônia.
Ao todo, mais de 50 mil pessoas devem passar pela capital paraense até o final da COP 30. São visitantes de mais de 190 países, uma oportunidade para muitos conhecerem de perto a cultura paraense e a riqueza amazônica.
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FOTOS: trajes e acessórios revelam diversidade cultural nos corredores da COP 30, em Belém
Jornalistas brasileiros e estrangeiros destacam importância da Amazônia
Experiência que os fez ver a grandiosidade da amazônia e perceber e o quão importante é debater as mudanças climáticas dentro de um dos biomas mais impactados por estes fenômenos. Participante da Austrália pela Fridays For Future (FFF), Patsy Islam-Parsons, se encantou com a beleza amazônica e com a realidade de quem vive em Belém.
“O que eu talvez não percebi quando criança era o quanto de pessoas vivem na Amazônia. Vindo aqui, nós podemos ver como é parte da vida diária das pessoas, ou como as pessoas vivem, onde elas podem ver a Amazônia”, afirma.
Ela e seu companheiro de organização, o alemão Louis Mootal, contam com animação a experiência de navegar pelos rios paraenses e visitar uma das ilhas próximas a Belém, como o Combu.
“Foi uma experiência muito bonita para nós e faz, eu acho, com que as coisas que estamos negociando ou que estão sendo negociadas na COP sejam mais tangíveis, porque estamos falando muito sobre as florestas e proteger a natureza”, afirma Patsy.
Participantes da Austrália pela Fridays For Future (FFF)
Áurea Garcia/TV Liberal
“Vamos esperar que a mágica da amazônia influencie as negociações. Eu também acho que estamos vendo que a presidência brasileira também está falando muito sobre a importância da proteção climática, mais do que nos últimos anos, em que os governos foram mais defensivos”, afirma Louis.
Outro ponto que tem chamado bastante atenção dos estrangeiros que visitam o país é o calor. Vestido com roupa social, o suíço Olle Dierks demorou a se adaptar ao clima da capital paraense, principalmente ao tentar manter o mesmo padrão de roupa usada em outras Cop.
“É muito quente. Então, é um pouco estranho estar aqui em uma roupa assim. Espero estar de volta com uma roupa mais relaxada a próxima vez”, afirmou o suiço. O calor, inclusive, motivou a mudança de dress code da COP 30.
Participantes da Austrália pela Fridays For Future (FFF)
Áurea Garcia/TV Liberal
Olle reconhece a importância de um evento como a conferência ocorrer em uma cidade da Amazônia para trazer novos conhecimentos sobre a cultura de países e continentes engajados na causa climática.
“É muito importante reconhecer a Amazônia, e eu entendo por que o governo brasileiro queria que a Cop 30 fosse aqui. É uma mensagem poderosa. Além disso, eu acho que a organização do evento é muito bonita. É uma atmosfera muito quente, que dá uma boa inspiração para conversas, para compartilhar práticas e para aprender sobre países e continentes”, finalizou.
Além da mensagem sobre liderança climática, o Brasil tem impressionado os estrangeiros que vêm para a Cop também pela cultura e culinária, a exemplo do queniano Brian Mukhanya.
“Foi bom ver pessoas de todo o mundo e também ter a experiência um pouco do Brasil, da comida brasileira e da cultura brasileira. Acho que não só brasileira, mas da cultura amazônica e da comida amazônica. Foi uma experiência muito boa”.
Entrada da bluezone da cop30 que acontece em Belém
Beatriz Reis/g1
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