Estudantes de medicina da Uepa e Ufopa têm vivência prática durante expedição em comunidades

  • 24/09/2025
(Foto: Reprodução)
Estudantes de medicina durante atendimento a comunitário na expedição PSA / Divulgação Estudantes de medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) participaram de uma atividade de imersão realizada com o apoio do Projeto Saúde e Alegria nas comunidades Suruacá, Parauá, Boim e Anumã na Resex Tapajós-Arapiuns, em Santarém. A visita aproximou os futuros médicos da realidade ribeirinha e garantiu que eles vivenciassem na prática as particularidades amazônicas. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp Inspirado na história do médico Eugênio Scannavino, que em 1985 veio para a Amazônia e percebeu a necessidade das comunidades, o PSA viabilizou a expedição para que os estudantes não se formassem sem essa experiência. Eugênio Scannavino recordou a trajetória construída com as comunidades e a relevância do aprendizado coletivo. “Essas ações que o Saúde e Alegria desenvolve em toda região já há bastante tempo são ações de mobilização, de educação e saúde, de promoção, de prevenção junto com as comunidades. […] É uma experiência muito importante para os estudantes, porque eles percebem como é a saúde no território”. Eugênio Scannavino orientando estudantes de medicina durante a viagem para as comunidades PSA / Divulgação O médico afirmou ainda que, depois de tantos anos, sente mais gratidão do que dever cumprido. “A gente tem muito mais a agradecer a essas comunidades do que elas agradecerem o que a gente faz”, ressaltou. Ana Carolina Porto, médica infectologista e professora da Uepa, destacou que o estágio em saúde coletiva inclui a vivência em comunidades e aldeias remotas, onde a dificuldade de acesso torna o atendimento essencial. Segundo ela, grande parte da população é de indígenas, quilombolas e ribeirinhos que vivem no interior. "Quando os estudantes saem do hospital, vêm para cá e conhecem a realidade que as pessoas vivem, isso qualifica o atendimento deles em saúde. Eles conseguem entender melhor o contexto biopsicossocial do paciente e não só a doença específica”, afirmou Ana Carolina. Ela lembrou que, apesar de um problema recente que impediu o uso do Abaré, a parceria com o PSA e com a Secretaria Municipal de Saúde garantiu que a população não ficasse sem assistência. Para Davi Justo, acadêmico do 12º período da Uepa, a experiência fortaleceu o compromisso social dos futuros profissionais: “Nós temos que devolver para a sociedade aquilo que ela entregou para a gente. […] É muito feliz essa oportunidade onde nós podemos, além de trazer saúde para os rincões da Amazônia, também levar para a nossa vida pessoal os aprendizados de um atendimento onde o mais necessitado é aquele que mais precisa da nossa mão”. Futuros médicos em apresentação no Gran Circo Mocorongo promovendo educação em saúde PSA / Divulgação A primeira turma de medicina da Ufopa participa das ações desde o primeiro semestre. Beatriz Leal, estudante da Universidade Federal, contou que o contato com a comunidade muda a perspectiva da turma. “A gente se sente bastante abraçado pela comunidade e isso acaba trazendo a gente para ela”. Rian Portela acrescentou que a vivência quebra paradigmas: “A formação muda muito a partir do momento em que a gente tem contato desde cedo. A gente sabe de fato aonde ir e o que fazer desde o começo”. João Vitor, também da Ufopa, disse que a experiência é fundamental para a formação: “Ela mostra como é a realidade dentro do contexto da Amazônia e nos torna seres humanos, médicos, profissionais melhores, fazendo que a gente enxergue cada detalhe, cada diferença do nosso contexto para o contexto das pessoas que vivem aqui, entendendo que nossos conhecimentos não são para sobrepor aos deles, mas para juntos montarmos um conhecimento que beneficia a comunidade”. Expectativas renovadas Durante a expedição, os moradores reforçaram a importância da presença dos estudantes. Edison Rodrigues, da comunidade Anumã, afirmou: “Quando vem uma junta de médico assim que nem do Saúde e Alegria ou de uma outra ONG, sempre é bem-vinda, porque eles vêm tratar da saúde nossa, que temos dificuldades que não são supridas pelo Abaré”. Palmira Alves Alcântara disse que a visita renova expectativas. “É uma alegria muito grande receber a visita desses estudantes e eu acredito que eles vão se informar para que um dia possam voltar para nossa comunidade”. Solano Lima, liderança comunitária, vê na presença dos estudantes de medicina uma possibilidade de fixação de médicos. “Quem sabe daqui quatro, cinco anos um deles não vai morar aqui para nos atender. A vinda deles aqui conhecer o Suruacá, tenho certeza que vai fazer com que eles tenham vontade de vir outras vezes”. Expedição de saúde apoiada pelo Projeto Saúde e Alegria na Resex Tapajós-Arapiuns PSA / Divulgação Isabela Buchare, enfermeira da UBS Suruacá, ressaltou o impacto pedagógico da iniciativa. “O projeto Saúde e Alegria traz esperança para a comunidade, traz ensinamento de uma forma lúdica, divertida, simples, que é fácil de entender”. Para Rodrigo Rodrigues, coordenador do curso de Medicina da UFOPA, a atividade faz parte do programa Vivências na Amazônia, que desde o início do curso expõe os estudantes à realidade local para formar profissionais conscientes e capazes de atuar na região. A imersão também envolveu atendimentos de diferentes especialidades, rodas de conversa, mobilização comunitária e orientação em saúde. O apoio do Saúde e Alegria assegurou que tanto as comunidades quanto os estudantes não fossem prejudicados pelo impasse administrativo envolvendo o Abaré. “A gente sempre acreditou na importância de integrar assistência médica e educação em saúde na Amazônia. Daí surgiu o Abaré há 20 anos, que implantamos com apoio da organização holandesa Terre des Hommes, em parceria com a Prefeitura e organizações da região”, explicou Eugênio Scannavino. Estudantes de medicina ampliam experiência em comunidades amazônicas VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região

FONTE: https://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2025/09/24/estudantes-de-medicina-da-uepa-e-ufopa-tem-vivencia-pratica-durante-expedicao-em-comunidades.ghtml


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